domingo, novembro 26, 2017
quarta-feira, agosto 09, 2017
sexta-feira, agosto 04, 2017
quinta-feira, julho 27, 2017
George Bernard Shaw...
“A life spent making mistakes is not only more honorable, but more useful than a life spent doing nothing.”
George Bernard Shaw, Irish playwright, critic and polemicist, awarded the Nobel Prize in Literature in 1925, was born #OnThisDay in 1856.
George Bernard Shaw, Irish playwright, critic and polemicist, awarded the Nobel Prize in Literature in 1925, was born #OnThisDay in 1856.
quinta-feira, junho 22, 2017
terça-feira, maio 30, 2017
segunda-feira, maio 22, 2017
domingo, maio 14, 2017
terça-feira, maio 09, 2017
segunda-feira, abril 24, 2017
sexta-feira, abril 14, 2017
sábado, abril 08, 2017
quarta-feira, março 15, 2017
quarta-feira, março 01, 2017
sexta-feira, dezembro 09, 2016
segunda-feira, novembro 07, 2016
sexta-feira, setembro 16, 2016
segunda-feira, maio 23, 2016
sábado, abril 09, 2016
domingo, dezembro 13, 2015
terça-feira, outubro 20, 2015
domingo, outubro 18, 2015
sábado, maio 09, 2015
sexta-feira, maio 01, 2015
segunda-feira, março 09, 2015
O Espírito de 45...
quarta-feira, março 04, 2015
sábado, fevereiro 28, 2015
segunda-feira, fevereiro 23, 2015
Vício Intrínseco...
Los Angeles (EUA), finais dos anos 1960. Há já algum tempo que o detective Doc Sportello não vê a ex-mulher. Certo dia, ela aparece para solicitar os seus serviços de forma a encontrar o paradeiro do seu novo namorado, um milionário supostamente raptado pela mulher dele e o amante dela. Sportello vê-se assim envolvido numa complicada teia de intrigas, onde terá de fechar os olhos aos seus escrúpulos e a muitas e complexas questões legais.
Com realização de Paul Thomas Anderson ("Magnólia", "Haverá Sangue", "O Mentor"), e com personagens tão diversas como proxenetas, toxicodependentes, agiotas, agentes da polícia ou um saxofonista numa missão secreta, um "thriller" psicadélico que adapta o romance homónimo do escritor norte-americano Thomas Pynchon. A compor o elenco estão os actores Joaquin Phoenix, Josh Brolin, Owen Wilson, Katherine Waterston, Reese Witherspoon, Benicio del Toro, Jena Malone, Joanna Newsom e Martin Short. "Vício Intrínseco" recebeu duas nomeações para os Óscares, nas categorias de Melhor Argumento Adaptado e Melhor Guarda-Roupa. Fonte: PÚBLICO
sábado, fevereiro 14, 2015
quarta-feira, fevereiro 04, 2015
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)...
- Título original:
- Birdman
- De:
- Alejandro González Iñárritu
- Com:
- Michael Keaton, Zach Galifianakis, Edward Norton
- Link: Site Oficial
segunda-feira, janeiro 26, 2015
Idiotia e Felicidade...
Como pode ser-se idiota e, ao mesmo tempo, feliz, pergunta-me um leitor?
Pois explico já. A idiotia e a felicidade são ideias muito vagas, difíceis de cingir em conceitos de circulação universal, digamos. Mas, pensando melhor, acho que certa idiotia é susceptível de conferir ao idiota seu proprietário (ou seu prisioneiro) uma espécie de segurança em si próprio que o levará, em determinados momentos, julgo eu, a uma beatitude muito próxima do que se pode chamar estado de felicidade.Assim sendo, não vejo incompatibilidade entre o ser-se idiota e o ser-se feliz. Bem sei que há várias maneiras de se chegar a idiota. Uma delas foi experimentada comigo. Uma parente minha queria por força reconverter-me ao Catolicismo e, deste modo, passava a vida a dizer-me: «Alexandre, não penses. Se começas a pensar estragas tudo. A crença em Deus, se, em vez de pensares, reaprenderes a rezar, vem por si. É uma graça, sabias? Vá, reza comigo.» E ensinava-me orações que eu, muitas vezes de mãos postas, repetia aplicadamente. Acabei por não me casar com ela.
Não quero dizer, com isto, que não acredite na chamada (creio eu) revelação. Se revelação não existisse, como poderia um poeta do tomo de Paul Claudel entrar um dia em Notre-Dame e sentir-se, naquele preciso momento, convertido irresistivelmente ao Cristo e à irradiação da sua verdade e da sua beleza? E não pode afirmar-se que o grande poeta fosse um idiota.
Agora a minha parente era-o, de certeza, e queria fazer de mim outro idiota. Não por desejar reconverter-me, mas por aconselhar-me, como meio, o de eu não pensar, o de eu principalmente não pensar. Se tivesse casado com ela (que não era filha da minha lavadeira) talvez tivesse sido feliz - não se sabe - idiota e feliz. Assim, fiquei longos anos idiota e infeliz, infeliz por ser idiota e saber que o era e que não podia deixar de o ser. Ora, um idiota que é infeliz por saber que é idiota já pode estar a caminho de deixar de o ser. É uma possibilidade. É a tal luz no fundo do túnel, como se disse tantas vezes a propósito da situação económica deste idiota de país.
Não se espante, por conseguinte, o leitor de que um qualquer idiota possa, ao mesmo tempo, ser feliz. É, até, assaz corrente. Há idiotas que se consideram inteligentíssimos, o que é uma forma muito comum de idiotia, e extraem dessa certeza alguma felicidade, aquela maneira de felicidade que consiste em uma pessoa se julgar muito superior às que a rodeiam.
O leitor gostaria de ser ministro ou secretário de Estado? Pois fique sabendo que há quem goste, embora - será justo dizê-lo - também há quem o seja a contra-gosto, por dever partidário ou patriótico.
Os idiotas, de modo geral, não fazem um mal por aí além, mas, se detêm poder e chegam a ser felizes em demasia podem tornar-se perigosos. É que um idiota, ainda por cima feliz, ainda por cima como poder, é, quase sempre, um perigo.
Oremos.
Oremos para que o idiota só muito raramente se sinta feliz. Também, coitado, há-de ter, volta e meia, que sentir-se qualquer coisa.
(Alexandre O'Neill, Uma Coisa em Forma de Assim)
Pois explico já. A idiotia e a felicidade são ideias muito vagas, difíceis de cingir em conceitos de circulação universal, digamos. Mas, pensando melhor, acho que certa idiotia é susceptível de conferir ao idiota seu proprietário (ou seu prisioneiro) uma espécie de segurança em si próprio que o levará, em determinados momentos, julgo eu, a uma beatitude muito próxima do que se pode chamar estado de felicidade.Assim sendo, não vejo incompatibilidade entre o ser-se idiota e o ser-se feliz. Bem sei que há várias maneiras de se chegar a idiota. Uma delas foi experimentada comigo. Uma parente minha queria por força reconverter-me ao Catolicismo e, deste modo, passava a vida a dizer-me: «Alexandre, não penses. Se começas a pensar estragas tudo. A crença em Deus, se, em vez de pensares, reaprenderes a rezar, vem por si. É uma graça, sabias? Vá, reza comigo.» E ensinava-me orações que eu, muitas vezes de mãos postas, repetia aplicadamente. Acabei por não me casar com ela.
Não quero dizer, com isto, que não acredite na chamada (creio eu) revelação. Se revelação não existisse, como poderia um poeta do tomo de Paul Claudel entrar um dia em Notre-Dame e sentir-se, naquele preciso momento, convertido irresistivelmente ao Cristo e à irradiação da sua verdade e da sua beleza? E não pode afirmar-se que o grande poeta fosse um idiota.
Agora a minha parente era-o, de certeza, e queria fazer de mim outro idiota. Não por desejar reconverter-me, mas por aconselhar-me, como meio, o de eu não pensar, o de eu principalmente não pensar. Se tivesse casado com ela (que não era filha da minha lavadeira) talvez tivesse sido feliz - não se sabe - idiota e feliz. Assim, fiquei longos anos idiota e infeliz, infeliz por ser idiota e saber que o era e que não podia deixar de o ser. Ora, um idiota que é infeliz por saber que é idiota já pode estar a caminho de deixar de o ser. É uma possibilidade. É a tal luz no fundo do túnel, como se disse tantas vezes a propósito da situação económica deste idiota de país.
Não se espante, por conseguinte, o leitor de que um qualquer idiota possa, ao mesmo tempo, ser feliz. É, até, assaz corrente. Há idiotas que se consideram inteligentíssimos, o que é uma forma muito comum de idiotia, e extraem dessa certeza alguma felicidade, aquela maneira de felicidade que consiste em uma pessoa se julgar muito superior às que a rodeiam.
O leitor gostaria de ser ministro ou secretário de Estado? Pois fique sabendo que há quem goste, embora - será justo dizê-lo - também há quem o seja a contra-gosto, por dever partidário ou patriótico.
Os idiotas, de modo geral, não fazem um mal por aí além, mas, se detêm poder e chegam a ser felizes em demasia podem tornar-se perigosos. É que um idiota, ainda por cima feliz, ainda por cima como poder, é, quase sempre, um perigo.
Oremos.
Oremos para que o idiota só muito raramente se sinta feliz. Também, coitado, há-de ter, volta e meia, que sentir-se qualquer coisa.
(Alexandre O'Neill, Uma Coisa em Forma de Assim)
sexta-feira, janeiro 23, 2015
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